quinta-feira, 21 de julho de 2011

Poesia no ar


Sou grande fã de música e até agora não havia escrito sobre ela. Nada representou melhor as revoluções que aconteceram no século XX que a música, principalmente a partir dos anos sessenta. Essa década sozinha foi um século dentro de outro, para se ter uma ideia disso basta pensar que ainda não se conseguiu contar tudo o que aconteceu naqueles poucos dez anos. Naquele tempo havia poesia no ar.

Assim, alguns dos meus interesses são a década de sessenta e a sua música, principalmente a que foi feita entre a segunda metade dos anos sessenta e a primeira dos setenta. Sou grande fã de Rock, o qual teve seu auge no período que acabo de citar, mas a música folke é, sem dúvida, a porta voz dessa época, através das letras do grande poeta Bob Dylan, o qual bebeu na fonte de um gênio da poesia, Artur Rimbaud. Dylan deu voz a uma época de revolução tornando-se, assim, um dos seus revolucionários. É interminável a lista de cantores e bandas que gravaram músicas dele.

Mas por que resolvi falar de música, e dos anos sessenta, e de folke, e de Dylan? Por que, há algum tempo conheci um novo grupo folke, o Fleet Foxes. Ele surgiu em Seattle, é liderado por Robin Pecknold (guitarra e vocal) e composto, ainda, por Skyler Skjelset (guitarra), Bryn Lumsden (baixo), Nicholas Peterson (bateria), e Casey Wescott (teclados). Segundo os integrantes, a banda segue uma linha de pop barroco, com influência folke de rock clássico, definido por eles próprios como “baroque harmonic pop jams”. São também grandemente influenciados pelo velho Bob. Por enquanto, foram lançados apenas dois álbuns dessa banda, Fleet Foxes de 2008 e Helplessness Blues de 2011, além de dois EPs.

O que me agrada nessa banda é que ela representa uma lufada de ar novo nessa época dominada por Lady Gaga e companhia limitada. Ao mesmo tempo em que tem um som novo, ela acaba nos transportando para os anos sessenta. Portanto, isso é outra coisa que agrada no Fleet Foxes a capacidade de nos transportar tanto para algo novo como para o passado, quando as músicas eram escritas para revolucionar e encantar. Há poesia no ar novamente!

Nenhum comentário:

Postar um comentário